Falando de baobás, a árvore-de-pão-de-macaco
é uma das árvores símbolo de África. É lá onde
floresce esta gigantesca árvore que cresce em formatos
variáveis e possui casca peluda. Existem várias lendas sobre a origem do
curioso aspecto do Baoba. Pode vir em
muitas formas estranhas, como o formato de garrafa, ou pode alcançar o céu com
a raiz nua, como galhos, criando a ilusão de ser plantada de “cabeça para
baixo”.
Também conhecido como “árvore garrafa” ou “árvore
farmácia” ou “pão de macaco” é uma espécie nativa das regiões semi-áridas da
África Sub-Sahariana (Madagascar). Os Baobás armazenam muita água em seus troncos inchados: até 120.000 litros.
Alguns troncos vazios eram tão grandes que foram rotineiramente usados como
prisões na Austrália Ocidental. Em uma árvore só, poderiam entrar até 05
pessoas dentro.
A razão do por que desse nome “Pão de macaco” é
complicado explicar. Os frutos da árvore são podem também chamados de “frutas
de Judas” (a fruta tem 30 sementes dentro, como 30 “moedas de prata”).
Uma lenda muito
famosa sobre a sua origem trata-se da punição dos deuses pela vaidade da árvore.
Diz-se que há muitos anos atrás, o baoba era magnífico também pela sua beleza,
com uma frondosa ramagem de folhas verdes e suculentas, além das suas coloridas
e perfumadas flores. Os deuses, chocados com tamanha beleza, concederam o dom
da longevidade. A partir daí, a árvore cresceu sem parar, tornando-se mais
forte, alta e sublime, porém ocultando o calor do sol, dando sombra às
restantes árvores, não as deixando crescer e causando muito frio às criaturas
da floresta.
Segundo uma
lenda árabe, “o Diabo desenterrou a árvore, enfiou os ramos na Terra e deixou
as raízes no ar”. De fato a árvore encontra-se associada com o mal por toda a
África, porque se acredita que espíritos malignos habitam os seus ramos.
Culpada por diversos
problemas causados e vendo que não parava de crescer, a árvore desafiou os
deuses dizendo-lhes que em breve chegaria até eles. A resposta foi
imediata e estes a puniram pela sua arrogância, plantado-a de cabeça para baixo
e deixando os seus bonitos ramos, flores e folhas debaixo da terra, ficando com
o aspecto atual em que parece que as suas raízes olham para o céu, pedindo
perdão aos deuses.
Pertencente
à família das Bombacaceae, o Baoba pode medir mais de 30 metros de altura e 12
metros de diâmetro, dependendo da espécie. A sua longevidade é surpreendente,
podendo viver mais de 3.000 anos.
As suas
flores são amarelas ou brancas e abrem durante a noite. Os frutos, que desde os
tempos antigos servem como alimento para a população devido às suas
propriedades (vitamina C), são comestíveis. Com uma polpa com um sabor um pouco
ácido é tradicionalmente utilizado em muitos países africanos para preparar uma
bebida energética, rica em fibras, vitaminas, aminoácidos e sais minerais.
Mas apesar de todas as suas associações, negativas,
o “Pão de macaco” não
tem falta de atributos positivos, dos quais os povos africanos tiram o máximo
de vantagens. Primeiro que tudo, o seu tronco maciço contém tecidos altamente
absorventes e esponjosos. Se se cortar uma fatia do tronco, sai água, que pode
beber-se mesmo no meio de uma seca.
O fruto do “Pão de macaco” serve para uma variedade de propósitos:
- A polpa pode ser comida.
– Tem um sabor de creme tártaro; algumas tribos
usam-no para coagular leite, a fim de fazerem um alimento parecido com o
queijo, ou como remédio contra a disenteria e a febre.
- Comercialmente é utilizado na produção do látex.
- As sementes do fruto podem ser comidas cruas,
transformadas em papa com milho moído ou mesmo torradas para fazer uma bebida
parecida com o café.
- O seu óleo também é comestível, sendo igualmente
usado para fazer sabão.
- Depois de esvaziada da polpa, a casca dura do
fruto serve de recipiente.
- Até a casca do “Pão de macaco” é útil,
porque as suas longas fibras são boas para fazer corda ou tecido.
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