A Bertholletia excelsa, popularmente conhecida como castanha-do-pará, castanha-do-acre, castanha-do-brasil, tocari e tururi é uma árvore de grande porte, muito abundante no norte do Brasil, cujo fruto contém a castanha, que é sua semente. É uma árvore da família botânica Lecythidaceae, nativa da Floresta Amazônica. É um fruto com alto teor calórico e protéico que contém o elemento selênio que combate os radicais livres e muitos estudos o recomendam para a prevenção do câncer.
Nativa das Guianas, Venezuela, Brasil (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Pará e Rondônia), Colômbia, leste do Peru e leste da Bolívia, ela floresce em
árvores espalhadas pelas grandes florestas às margens do Rio
Amazonas, Rio Negro, Rio Orinoco, Rio Araguaia e Rio
Tocantins. O gênero foi batizado em homenagem ao químico francês Claude Louis Berthollet.
Atualmente, é abundante apenas no Estado
do Acre, no norte
da Bolívia e no Suriname. Incluída na Lista Vermelha
da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos
Naturais como vulnerável. É altamente consumida pela população local in
natura, torrada, ou na forma de farinhas, doces e sorvetes. Sua
casca é muito resistente e requer grande esforço para ser extraída manualmente.
A Bertholletia excelsa é uma grande
árvore, chegando a medir entre 30 e 50 metros de altura e 1 ou 2 metros de
diâmetro no tronco; está entre as maiores árvores da Amazônia. Há registros de
exemplares com mais de 50 metros de altura e diâmetro maior que 5 metros, no Pará. Pode viver mais de 500 anos, e, de
acordo com algumas autoridades frequentemente chega a viver entre 1.000 ou 1.600 anos.
Seu tronco é reto e permanece sem galhos por mais
da metade do comprimento da árvore, com uma grande coroa emergindo sobre a
folhagem das árvores vizinhas. Sua casca é acinzentada e suave. A árvore é caducifólia, suas folhas, que medem de 20 a 35 cm de comprimento e
10 cm a 15 cm de largura, caem na estação seca.
Suas flores são pequenas, de uma coloração
verde-esbranquiçada, cada flor tem um cálice dividido em duas partes, com seis pétalas desiguais e diversos estames reunidos numa massa ampla em forma de
capuz. Floresce na passagem da estação seca para a chuvosa, o que no leste da
Bacia Amazônica ocorre de setembro a fevereiro, com pico de outubro a dezembro.
Perto de julho suas folhas caem, algumas ficam completamente sem folhas na
estação seca. As flores são em grande número, e duram apenas um dia. Os frutos
demoram de 12 a 15 meses para amadurecer, e caem principalmente em janeiro e
fevereiro. As sementes, quando não tratadas, demoram de 12 a 18 meses para
germinar, devido a sua casca espessa.
Produzem fruto exclusivamente em matas virgens, também têm sido
colhidas em plantações, porém a sua produção é baixa e, atualmente, não são
viáveis economicamente. Vive preferencialmente nas florestas de terra firme, e
cresce apenas onde a estação seca é de 3 a 5 meses. A densidade da espécie
varia muito ao longo de toda a Amazônia.
O fruto leva 14 meses para amadurecer após a
polinização das flores. O fruto em si é uma grande cápsula de 10 a 15 cm de
diâmetro que se assemelha ao endocarpo do côco no
tamanho e pesa até dois quilos.
Possui casca dura, semelhante à madeira, com uma espessura de 8 a 12 mm, e dentro estão de 8 a 24
sementes com cerca de cinco cm de comprimento dispostas como os gomos de uma laranja.
Cerca de 20.000 toneladas de castanhas-do-pará são colhidas a cada ano, da qual o Brasil é responsável por 40% da produção. Em 1980, a produção anual era de cerca
de 40.000 toneladas por ano somente no Brasil e, em 1970, o país registrou uma
colheita de 104.487 toneladas de castanhas-do-pará. A produção brasileira caiu a
menos da metade entre 1970 e 1980, devido ao desmatamento da Amazônia.
A castanha-do-pará
possui 18% de proteína, 13% de carboidratos e 69% de gordura. A proporção de gorduras é de
25% de gorduras saturadas, 41% de monoinsaturadas e 34% de poli-insaturadas. Possui um gosto terroso, muito
apreciado em vários países. O conteúdo de gordura saturada está entre o mais
alto de todas as castanhas e nozes, superando até mesmo o da macadâmia. As castanhas-do-brasil, retiradas
de suas cascas tornam-se rançosas rapidamente. Podem ser esmagadas para se
obter óleo.
Nutricionalmente, são ricas em selênio, embora a quantidade varie
consideravelmente. São também uma
boa fonte de magnésio e tiamina. Algumas pesquisas indicam que
o consumo de selênio está relacionado com uma redução no risco de câncer de próstata. Isto levou alguns analistas a
recomendarem o consumo da castanha como uma medida preventiva.
Uma castanha por dia, não mais
do que isso, garante as doses de selênio que seu corpo precisa para preservar
cada célula, botar para fora possíveis substâncias tóxicas e viver mais. Ao mastigar uma única castanha-do-pará,
você recarregará os níveis de mineral extremamente importante para uma vida
longa e saudável. A pequena oleaginosa repõe a quantidade do nutriente
necessária para dar combate ao envelhecimento celular, causado pela formação
natural de incansáveis moléculas que danificam as células, os radicais livres.
A castanha-do-pará,
além de ser deliciosa, é uma fruta oleaginosa, composta em boa parte de
gorduras benéficas, que ajudam a evitar o colesterol alto e protegem o coração.
Além disso, é rica em proteínas e nutrientes: ácido
fólico, vitamina E, cálcio e potássio.
O mineral da castanha também teria um papel especial na proteção
do cérebro. É que, com essa capacidade de acabar com os radicais livres, as
células nervosas seriam preservadas, evitando o surgimento de doenças
neurodegenerativas com a idade. Justamente por isso, começou-se a estudar os
possíveis benefícios do selênio em portadores do mal de Alzheimer.
A tireóide também
funciona melhor na presença do selênio. Isso porque, se não houver esse
elemento, ela não consegue produzir direito seus hormônios. O mineral também
está intimamente associado à capacidade de o organismo se livrar de substâncias
tóxicas.
10 Benefícios da Castanha do Pará
1.
Combate
ao envelhecimento celular.
2.
Promove
uma vida longa e saudável
3.
Desintoxicar
o organismo de metais pesados
4.
Pode
elevar em 65% o teor de selênio no organismo
5.
Produto
totalmente orgânico
6.
Evita o surgimento
de doenças neurodegenerativas com a idade como o Alzheimer
7.
Melhora o
funcionamento da Tireoide
8.
Ajuda a
evitar a propagação do câncer além de diminuir a sua incidência.
9.
Melhora o
sistema imunológico
10.
Reduzir
os níveis do colesterol ruim do sangue
Pode ser
consumida in natura, torrada, na forma de farinhas, doces e sorvetes. O óleo da
castanha é usado na fabricação de produtos de beleza para o cabelo. A castanha
tem uma casca fina, marrom e brilhante. A polpa é branca, farinhenta e
saborosa.
A castanha-do-brasil
é uma das plantas mais nobres e valiosas da Amazônia Ocidental
e, atualmente, é o produto vegetal extrativo mais importante da Amazônia em
valor ecológico, social, econômico e alimentar. Entretanto, apesar da
importância, a maior parte do produto é comercializado apenas
descascado, in natura, ou desidratado para melhor conservação.
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