Flor Cadáver é o nome popular dado
às plantas parasitas do gênero Rafflesia, da família das
rafflesiáceas, que ocorrem nas selvas do Bornéu, Samatra, Kalimantan e outras
regiões da Indonésia, e também na Malásia, Tailândia e Filipinas.
O gênero Rafflesia
foi descrito pela primeira vez em 1819 e contém de 15 a 19 espécies, incluindo
quatro espécies cuja taxinomia é mal conhecida e algumas aparentemente já estão
extintas. Tem a sua distribuição mantida ao redor do sudeste asiático e algumas
ilhas próximas.
A espécie Rafflesia
arnoldii produz a maior de todas as flores conhecidas. Foi descoberta
nas florestas tropicais úmidas da Indonésia. O nome Rafflesia foi atribuído em honra de sir Thomas Stamford Raffles.
Encontrada
principalmente nas florestas de Bornéu e
Sumatra, na Indonésia, a Rafflesia
arnoldii, é uma flor muito rara. É apelidada de “flor-monstro” devido ao seu tamanho e peso, chegando a atingir
mais de 10 kg e possuindo 1 metro de
diâmetro ou mais. Não há quem não se assuste com a visão!
Por outro
lado, a Rafflesia arnoldii, que produz esta flor gigante, é belíssima, com nuances alaranjadas e bastante impressionante. As raflésias são compostas quase totalmente
pela sua flor, já que não têm folhas e o seu caule está reduzido a um curto
segmento não ramificado, uma simples cúpula basal, que suporta diretamente a
flor. A flor é gigantesca, podendo esse órgão medir numa planta adulta entre 60
cm (Rafflesia hasselti) e 106
cm (Rafflesia arnoldii) de
diâmetro, pesando entre 7 kg e 10 kg.
Mesmo a espécie que produz a menor das plantas do gênero, a Rafflesia manillana, produz
flores com mais de 20 cm de diâmetro. As flores têm formato circular, com cinco
pétalas. A cor das pétalas varia do rosado ao vermelho vivo, salpicada de
manchas brancas.
Elas vivem presas ao caule ou raízes
das árvores que habitam essas reservas tropicais em que vivem. As rafflésia são plantas parasitas que preferem as plantas
hospedeiras do gênero Tetrastigma, da família das vitáceas. As suas
raízes, transformadas em filamentos endófitos semelhantes ao micélio ramificado
de fungos, penetram profundamente nos tecidos do caule e raíz da planta
hospedeira, da qual extraem os nutrientes do qual necessitam para o seu
desenvolvimento.
Essas flores podem demorar até 10
meses para atingir a maturação, permanecendo aberta somente por algumas horas
ou dias. Durante a
maior parte da sua existência a rafflésia reduz-se a feixes de
tecidos intercalados entre os tecidos da planta hospedeira, apenas emergindo do
seu ritidoma (parte externa da casca das árvores e arbustos) quando
forma o gomo que origina a flor.
Para se reproduzirem, as raflésias emitem um forte odor a
carne putrefata, o que atrai os insetos responsáveis pela polinização. Esse
cheiro faz com que o nome local da planta possa ser traduzido por flor-cadáver ou flor-carne, esse cheiro pode
ser comparado com o de uma carne em decomposição. O fruto é comido por
alguns mamíferos da floresta.
A Rafflésia é a flor oficial do estado de Sabah, na Malásia, e da
província de Surat Thani, na Tailândia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário