sexta-feira, 26 de julho de 2013

CAJU (Anarcadium occidentale)

 
O caju, muitas vezes tido como fruto do cajueiro, na verdade, trata-se de um pseudofruto. O que entendemos popularmente como "caju" se constitui de duas partes: o fruto propriamente dito, que é a castanha; e seu pedúnculo floral, o pseudofruto, um corpo piriforme, amarelo, rosado ou vermelho.
O nome caju é oriundo da palavra indígena “acaiu”, que em tupi quer dizer “noz que se produz”. O cajueiro é uma árvore de médio porte, podendo alcançar até 20 metros de altura. A colheita ocorre de julho a dezembro, podendo em alguns casos estender-se até maio. Quando maduro, o caju apresenta cor amarela, vermelha ou roxo-amarelada.
É muito cultivado em climas tropicais, principalmente no Brasil, Índia e alguns países africanos, como Moçambique, Tanzânia e Quênia. Também é conhecido como anacardo, acaju, acajuíma, marañon, cashew, entre outros nomes populares.
O caju, o pseudofruto, é suculento e rico em vitamina C e ferro. Depois do beneficiamento preparam-se sucos, mel, doces, passas, rapaduras, entre outros. Como seu suco fermenta rapidamente, pode ser destilado para produzir uma aguardente, o cauim. Dele também são fabricadas bebidas não alcoólicas, como a cajuína.

O fruto propriamente dito é duro e oleaginoso, mais conhecido como castanha de caju, cuja semente é consumida depois do fruto ser assado, (para remover a casca) ao natural, salgado ou assado com açúcar. A extração da castanha de caju depois de seca, é um processo que exige tempo, método e mão-de-obra.
O líquido da castanha de caju, depois de beneficiado é utilizado em resinas, materiais de fricção, em lonas de freio e outros produtos derivados, vernizes, detergentes industriais, inseticidas, fungicidas e até biodiesel.

Propriedades Nutricionais: rico em vitamina C, o caju é uma fonte de betacaroteno
(vitamina A), vitaminas do complexo B e dos minerais, cálcio, magnésio, manganês, potássio,
fósforo e ferro.
Propriedades Medicinais: o caju fornece um potente antioxidante, vitamina C, que também previne resfriados e ajuda na cicatrização de feridas e lesões. Além disso, auxilia na contração muscular, pelo seu conteúdo em minerais. Das folhas novas do cajueiro pode se extrair um suco muito utilizado contra aftas e cólicas intestinais. A raiz pode ser utilizada na medicina como laxante. Pode ser utilizada também para combate ao diabetes, infecção da garganta, baixar o colesterol e triglicérides, suplemento nutritivo, cansaço dos pés, eczemas, reumatismos, úlceras, verrugas, calosidades, entre outras.
A castanha de caju é muito utilizada na culinária brasileira, principalmente no Norte e Nordeste do Brasil, regiões do país de onde o cajueiro é uma planta nativa. O caju também é utilizado nas culinárias tailandesa, chinesa e indiana. Na cozinha indiana, as castanhas de caju são usadas para enfeitar doces e outras preparações.
Na região de Goa, na Índia, uma popular bebida conhecida como Feni é produzida a partir da castanha de caju, que é fermentada e o suco obtido pela fermentação passa por dupla destilação. O caju também é muito utilizado nas Índias Ocidentais para fazer ponche e outras bebidas.
O Cajueiro faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde do Brasil.

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