O Palácio de Caserta, na Itália, também é considerado um Patrimônio da Humanidade e apresenta um jardim extenso, rodeado por grandes árvores e arbustos e entremeado por fontes, cascatas e espelhos d’água, além de várias estátuas no estilo barroco, que elevam a beleza do local.
O Palácio de Caserta foi construído no estilo barroco, situado na região italiana da Campania. O edifício foi encomendado pelo rei Carlos VII para servir de centro administrativo e cortesão do novo Reino de Nápoles, ao mesmo tempo em que simbolizava o poder real. O arquiteto eleito foi Luigi Vanvitelli, em cuja obra predominou o barroco nacionalista, muito próximo do Neoclassicismo.
O Rei Carlos VII jamais viu o seu projeto finalizado, pois teve que partir de Nápoles para ocupar o trono espanhol por morte do seu irmão, Fernando VI de Espanha. O palácio serviu de residência de Verão para o seu filho Fernando I e dos restantes monarcas do Reino das Duas Sicílias até à incorporação deste ao Reino de Itália.
Vanvitelli decidiu introduzir dois tipos de jardins no parque do palácio: um italiano que rodeasse o edifício e um passeggio monumental com numerosas fontes, seguindo o modelo francês. Para aproveitar a água dos montes, projetou-se uma sequência de fontes nas suas ladeiras que chegasse até ao palácio, reservando o resto do espaço para o jardim. O jardim à italiana ocupa o espaço imediatamente posterior ao palácio. As espécies botânicas são as típicas da flora da Itália meridional que, devido ao descuido que sofreram no último século, aumentaram a sua densidade fazendo desaparecer parte do desenho original.
O passeggio representa o estilo paisagístico monumental do século XVIII e realça a função cenográfica do parque. É um caminho com mais de 3 km de comprimento que recorre à ladeira de um dos montes circundantes, aproveitando a sua inclinação para criar um conjunto de fontes e cascatas. A fachada posterior do palácio está voltada para o passeggio, de modo que a maioria dos quartos tinha vista para a bela sucessão de fontes. O génio de Vanvitelli está especialmente presente nesta obra, em perfeita sintonia com o edifício.
O templo de jardim à inglesa foi construído utilizando restos achados nas escavações de Pompeia, que se fundem perfeitamente com o seu ambiente natural. A rainha Maria Carolina implantou o gosto pela natureza na Corte, tal como havia feito a sua irmã Maria Antonieta no Palácio de Versailles. Situado na parte oriental do parque, reúne nos seus 2.500 metros quadrados uma grande variedade de espécies exóticas que, se aclimataram muito bem às suaves condições meteorológicas napolitanas.
De um estilo completamente diferente do resto, o jardim inglês insere-se perfeitamente no conjunto do parque. Há diversos lagos artificiais, um riacho e as plantas crescem em aparente liberdade entremeadas com estátuas, o que cria um efeito evocador muito ao gosto romântico. Lá não se procurou criar um belo cenário com plantas e fontes, mas sim aproximar-se o mais possível de um estado natural, como um bosque no qual se ocultam pavilhões e estátuas.