O caju, muitas vezes tido como fruto do cajueiro,
na verdade, trata-se de um pseudofruto. O que entendemos
popularmente como "caju" se constitui de duas partes: o fruto propriamente dito, que é a castanha;
e seu pedúnculo floral, o pseudofruto, um corpo piriforme,
amarelo, rosado ou vermelho.
O nome caju é oriundo da palavra indígena
“acaiu”, que em tupi quer dizer “noz que se produz”. O cajueiro é uma árvore de
médio porte, podendo alcançar até 20 metros de altura. A colheita ocorre de
julho a dezembro, podendo em alguns casos estender-se até maio. Quando maduro,
o caju apresenta cor amarela, vermelha ou roxo-amarelada.
É muito cultivado
em climas tropicais, principalmente no Brasil, Índia e alguns países africanos,
como Moçambique, Tanzânia e Quênia. Também é conhecido como anacardo, acaju, acajuíma,
marañon, cashew, entre outros nomes populares.
O caju, o
pseudofruto, é suculento e rico em vitamina C e ferro. Depois do
beneficiamento preparam-se sucos, mel, doces, passas, rapaduras,
entre outros. Como seu suco fermenta rapidamente, pode ser destilado para
produzir uma aguardente, o cauim. Dele também são fabricadas
bebidas não alcoólicas, como a cajuína.
O fruto
propriamente dito é duro e oleaginoso, mais conhecido como castanha de caju,
cuja semente é consumida depois do fruto ser assado, (para
remover a casca) ao natural, salgado ou assado com açúcar. A extração da castanha de
caju depois de seca, é um processo que exige tempo, método e mão-de-obra.
O líquido da castanha de caju, depois de beneficiado é utilizado em resinas,
materiais de fricção, em lonas de freio e outros produtos
derivados, vernizes, detergentes industriais, inseticidas, fungicidas e
até biodiesel.
Propriedades Nutricionais: rico em vitamina C, o caju
é uma fonte de betacaroteno
(vitamina A), vitaminas do complexo B e dos minerais, cálcio, magnésio, manganês, potássio,
fósforo e ferro.
(vitamina A), vitaminas do complexo B e dos minerais, cálcio, magnésio, manganês, potássio,
fósforo e ferro.
Propriedades Medicinais: o caju fornece um potente antioxidante, vitamina C, que
também previne resfriados e ajuda na
cicatrização de feridas e lesões. Além disso,
auxilia na contração muscular, pelo seu conteúdo
em minerais. Das folhas novas do
cajueiro pode se extrair um suco muito utilizado
contra aftas e cólicas intestinais. A raiz
pode ser utilizada na medicina como laxante. Pode
ser utilizada também para combate ao diabetes, infecção da garganta,
baixar o colesterol e triglicérides, suplemento nutritivo, cansaço dos pés,
eczemas, reumatismos, úlceras, verrugas, calosidades, entre outras.
A castanha de caju
é muito utilizada na culinária brasileira, principalmente no Norte e Nordeste
do Brasil, regiões do país de onde o cajueiro é uma planta nativa. O caju
também é utilizado nas culinárias tailandesa, chinesa e indiana. Na cozinha
indiana, as castanhas de caju são usadas para enfeitar doces e outras
preparações.
Na região de Goa,
na Índia, uma popular bebida conhecida como Feni é produzida a partir da castanha
de caju, que é fermentada e o suco obtido pela fermentação passa por dupla
destilação. O caju também é muito utilizado nas Índias Ocidentais para fazer
ponche e outras bebidas.
O Cajueiro faz
parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS),
constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia
produtiva e de gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde do Brasil.