A tendência atual no paisagismo é de se usar cada vez mais a
água em jardins, seja em forma de fontes, chafarizes, lagos, espelhos-d’água ou
cascatas. Além de valorizar o imóvel, melhora o clima, atrai pássaros, forma um
local de descanso e meditação. Espaços aquáticos podem ser encaixados em
qualquer estilo de jardim, desde o formal francês até o tropical mais
despojado. A água sempre se torna um foco de atenção no jardim, seja pelo
barulhinho singular e relaxante, seja pela vida que a acompanha, na forma de
plantas e peixes.
Para fugir da correria do dia a dia, nada melhor do que
construir um laguinho relaxante, um verdadeiro “oásis” de descanso. Hoje em
dia, com as novidades do mercado e criatividade, podemos transformar espaços
bem pequenos em pontos de água, se não puder construir um lago tradicional,
escolha um laguinho pronto, ou até mesmo um vaso com plantas aquáticas pode
complementar o paisagismo
Mas antes de se decidir pela implantação de um lago, deve
ser considerada a manutenção necessária, incluindo sua freqüência e quem será
responsável pela tarefa.É importante lembrar que, como qualquer vaso de
plantas, estes possuem cuidados simples que impedem a proliferação de
mosquitos.
Uma das alternativas é colocar uma bomba de aquário e manter
a água sempre circulando e adicionando água nova toda semana para completar
aquela que evapora. A água em movimento também fica protegida.
Por fim, se o seu jardim aquático for um pouco maior, sempre
há a possibilidade de criar dentro dele pequenos peixinhos dourados, que vão
dar cabo com alegria de qualquer larvinha que ali quiser crescer.
Os lagos podem ser muito baratos e práticos, como os de fibra-de-vidro
ou plástico, nestes modelos, basta escavar, instalar a peça e os equipamentos
corretamente e pronto. No entanto, os modelos mais tradicionais e que permitem
maior liberdade de criação de formas e profundidades são os de lona e os de
alvenaria.
Em relação as espécies aquáticas que podem ser utilizadas em
seu lago ou vaso aquático temos as seguintes categorias:
Plantas flutuantes
– são aquelas que não possuem qualquer fixação, estão sempre a superfície da
água, geralmente preferem águas calmas.São óptimas para despoluir a água e
retirar nutrientes que serviriam para as micro-algas verdes, no entanto, como
são alimento para as carpas, devem ficar separadas desses peixes para evitar
transtornos como entupimentos dos filtros.
Ex: Aguapé – Eichhornia crassipes , Alface dágua – Pistia
stratiotes,Lentilha – Lemna minor,Taturana – Salvinea natans
Plantas emergentes
– são aquelas que não fixam suas raízes ao solo, suas folhas e caules, a
princípio submersos, posteriormente emergem e ficam em contato com a atmosfera,
sua floração é aérea;
Ex: Chapéu-de-couro - Echinodorus tonellus,Lírio-dágua -
Nymphaea sp ,Lotus – Nelumbium nelumbo,Vitória-régia – Victoria regia
Plantas submersas
– são aquelas que nunca emergem na água, fixam-se no solo e são muito
utilizadas em aquários. São muito importantes para oxigenação da água do lago,
mantendo algas e microrganismo nocivos afastados.
Ex: Cabomba – Cabomba caroliniana ,Elódea – Elodea
canadenses,Pinheirinho-dágua – Myriophyllum brasiliensis,Valisnéria –
Vallisneria spiralis
Submersas com folhas
emersas - Esse tipo de planta necessita de sol pleno e aceita sombra,
contudo, não costumam florescer nessas condições. Também é necessária uma
profundidade razoável, considerando que seria plantada em um vaso grande e
teria ainda que restar uma coluna d’água de no mínimo 20 a 30cm acima do vaso.
Um exemplo é a ninféia que, quando mantida em aquários, fica
com as folhas submersas. São muito ornamentais, mas precisam de água neutra e
substrato fértil.
Proporcionam muita sombra sem o inconveniente das raízes
serem comidas e espalhadas, mas as suas folhas têm uma curta duração.
Um detalhe que deve ser observado com as ninféias é que as
do tipo tropical (caerulea), por serem menores, desenvolvem-se muito bem quando
são plantadas entre 20 e 30cm de profundidade. Já as de clima temperado (rubra)
necessitam de uma profundidade entre 30 e 50cm (além da altura do vaso).
Plantas palustres e
marginais - As plantas marginais preferem locais rasos e oferecem excelente
abrigo para a vida silvestre. Já as plantas palustres são características de
locais encharcados. No entanto elas confundem-se pois muitas plantas palustres
podem comportar-se como marginais, invadindo os lagos em suas áreas marginais.
Desenvolvem-se a sol-pleno ou sombra parcial.
São óptimas plantas
para o filtro de águas e devem, preferencialmente, ser plantadas em vasos para
ter a manutenção facilitada e controle sobre o seu crescimento.
Ex: Lírio-do-brejo – Hedychium coronarium,Linga –
Montrichardia linifera ,Papiro – Cyperus papyrus,Taboa – Typha domingensis
Deve-se, por fim, respeitar o projeto da residência e do
paisagismo, integrando o novo ambiente de maneira harmoniosa. De preferência,
consulte um paisagista ou arquiteto que poderão criar, em conjunto, ambientes
para receber os amigos, para leitura, descanso e outros fins.