quinta-feira, 28 de março de 2013

PAZ, TRANQUILIDADE E BELEZA NO COPO-DE-LEITE



 Pela sua cor branca, a flor copo-de-leite tem um significado de paz, tranquilidade e beleza. É uma flor linda e graciosa, que ilumina e completa com exuberância e distinção qualquer ambiente. A espata amarela que se destaca no interior da flor simboliza prosperidade, felicidade e iluminação espiritual. As flores copo-de-leite são inspiração para artistas, que as fotografam ou pintam de diversas formas em telas.
A flor aveludada tem um desenho natural que a torna única e sofisticada. É uma planta amplamente cultivada para ornamentação. Nos casamentos, são usadas em arranjos decorativos ou mesmo nos buquês trazidos pelas noivas, que as escolhem por simbolizar a pureza e inocência associadas ao ato sagrado.
A planta copo-de-leite, cujo nome científico é Zantedeschia aethiopica, é originária do Sul da África e pertence à família das Aráceas. O nome do gênero desta planta foi atribuído pelo botânico alemão Kurt Sprengel em homenagem ao botânico italiano Giovanni Zantedeschi. A flor copo-de-leite também é conhecida como lírio-do-nilo, calla-branca ou jarro (em Portugal). Em inglês, esta flor tem o nome de "calla lily".
É necessário muita cautela no manuseio por ser uma planta tóxica. No caso de haver contato com os lábios ou língua, é comum haver irritação, inchaço, salivação abundante, dificuldade de engolir e respirar. Esta flor cresce facilmente em ambientes com muita umidade, por isso é comum vê-las frondosas à beira de lagos, poços, entre outros.
As callas coloridas são muito lindas e se bem cultivadas suas flores proporcionam ao ambiente, um lugar aconchegante e bonito, repleto de beleza e bom gosto. Recebe esse nome de copo de leite pelo fato de suas flores serem em formato de um copo. Há muitos anos os copos de leite são fonte de inspiração para diversos artistas, como pintores e fotógrafos. A forma diferenciada dessa flor faz com que ela seja esteticamente preferida pela maioria das pessoas.
Possui até um metro de altura. Por esse motivo, podem ser cultivadas em casa tanto na parte interna quanto externa. Podem ser colocadas em vasos ou jardins. Adaptam-se em lugares úmidos, com boa iluminação, não necessariamente expostas ao sol ou a luz. Ela é uma planta bem resistente, florida e que pode ser colocada em ambientes fechados. A flor de copo de leite é naturalmente aveludada e possui um desenho naturalmente diferenciado que a torna elegante e sofisticada.
Para cuidar do copo-de-leite de maneira eficiente e para que elas possam se desenvolver mais facilmente e com saúde, confira algumas dicas: deixe-as em temperaturas baixas, elas não devem estar em locais quentes e expostas diretamente ao sol ou à luz, não as deixe encharcadas, apenas úmidas e faça a irrigação 3 vezes por semana, tenha muito cuidado com as bactérias e as pragas que aparecem no cultivo de calla colorida, sempre seque ao redor para que não fique muito molhado e atraia fungos e outros males capazes de estragar o plantio e fazer com que as flores sejam destruídas, corte os caules embaixo da terra para que possam crescer mais, não as deixe secar para que não morra e venha a murchar.
Com esses cuidados, você terá maior probabilidade que elas permaneçam fortes, florescendo, saudáveis e bem polidas. Plantar sempre traz uma sensação de bem estar a qualquer pessoa e ainda mais quando as plantas dão flores naturais decorativas, deixando a casa mais colorida e bonita de se ver, pois as flores são uma excelente forma de decorar um ambiente, dão charme, alegria e vivacidade ao local.
Em alguns casos esta flor também é usada para expressar indiferença.
A planta copo-de-leite vai dar todo um charme para o seu jardim, cultive-a!

sexta-feira, 22 de março de 2013

O CONSOLO DE DEUS NA BELEZA DO IPÊ AMARELO





Conhecido como a cor dourada do Brasil, ele é encontrado em todas as regiões do país, e sempre chama a atenção de todos. Em 1961, o então presidente Jânio Quadros declarou o ipê-amarelo, da espécie Tabebuia vellosoi, a Flor Nacional. Desde então o ipê-amarelo é a flor símbolo de nosso país. O ipê-amarelo é uma árvore que quando floresce faz a alegria das cores nas ruas e parques da cidade.
Resistente, durável, exuberante, apreciada pela beleza de suas flores, o ipê amarelo é visto como símbolo da primavera. Mede entre 4 a 10 metros, com tronco de 30 a 40 cm de diâmetro. Sua dispersão é descontínua e irregular. Com a chegada da primavera, as flores começam a desabrochar com mais frequência, colorindo campos e cidades.
O ipê amarelo floresce de acordo com o rigor do inverno. Quanto mais intenso for o inverno, mais saturadas serão as cores da sua flor. É a árvore brasileira mais conhecida, a mais cultivada e, sem dúvida nenhuma, a mais bela. É na verdade um complexo de nove ou dez espécies com características mais ou menos semelhantes, com flores brancas, amarelas ou roxas. Não há região do país onde não exista pelo menos uma espécie dele, porém a existência do ipê em habitat natural nos dias atuais é rara entre a maioria das espécies.
O ipê-amarelo é uma espécie heliófita (planta adaptada ao crescimento em ambiente aberto ou exposto à luz direta) e que perde as folhas em determinada época do ano. Pertence ao grupo das espécies secundárias iniciais. Com ramos grossos, tortuosos e compridos, o ipê-amarelo possui copa alongada e alargada na base. As raízes de sustentação e absorção são vigorosas e profundas. O ipê-amarelo abrange locais de clima tropical, subtropical úmido, subtropical de altitude e temperado.
A espécie prefere solos úmidos, com drenagem lenta e geralmente não muito ondulados. Aparece em terras de boa à média fertilidade, em solos profundos ou rasos, nas matas e raramente cerradões. Cientificamente existem aproximadamente 12 tipos de ipês com flores em tons amarelos espalhados pelo país. Entretanto, eles não são encontrados em todas as regiões do país como nos estados do Sul, a Tabebuia serratifolia predomina no restante do território nacional, enquanto a Tabebuia alba ocorre principalmente do Paraná ao Rio Grande do Sul.

Família: Bignoniaceae

Espécie: Tabebuia
Sinonímia botânica: Handroanthus albus (Chamiso) Mattos; Tecoma alba Chamisso
Outros nomes populares: ipê-amarelo, ipê, aipê, ipê-branco, ipê-mamono, ipê-mandioca, ipê-ouro, ipê-pardo, ipê-vacariano, ipê-tabaco, ipê-do-cerrado, ipê-dourado, ipê-da-serra, ipezeiro, pau-d’arco-amarelo, taipoca.


A Tabebuia produz madeira de grande durabilidade e resistência ao apodrecimento. Caracteriza a espécie como de cor pardo-havana-claro, pardo-havana-escuro, ou pardo-acastanhado, com reflexos esverdeados. A superfície da madeira é irregularmente lustrosa, lisa ao tato, possuindo textura media e grã-direita.
A entrecasca do ipê-amarelo possui propriedades terapêuticas como adstringente, usada no tratamento de garganta e estomatites. É também usada como diurético. O ipê-amarelo possui flores melíferas e que maduras podem ser utilizadas na alimentação humana. É comumente utilizada em paisagismo de parques e jardins pela beleza e porte. Além disso, é muito utilizada na arborização urbana.
Ao ser utilizada em arborização urbana, o ipê amarelo requer podas de condução com frequência mediana. Num paisagismo planejado corretamente, plantas com florações de cores que não combinam com o amarelo do ipê podem ser colocadas, mas sua época de aparecimento deverá ser diferente, dando ao jardim nova atração.
“Na frente da minha casa tem uma árvore de ouro”. 

quarta-feira, 20 de março de 2013

O Jacarandá







O Jacarandá cujo nome científico é Jacaranda mimosaefolia, popularmente chamado de Jacarandá-mimoso, Carobaguaçu ou Jacarandá é uma árvore alta e frondosa, da família das Bigonáceas, tem cerca de 100 espécies e ciclo de vida perene. Crescem em clima continentalmediterrâneosubtropical e tropical temperado e é nativa da América do Sul, (Brasil, Argentina e Uruguai).
É uma belíssima árvore ornamental decídua a semi-decídua, de floração exuberante. Seu porte alcança em média 15 metros de altura. O caule é um pouco retorcido, com casca clara e lisa quando jovem, que gradativamente vai se tornando áspera e escura com a idade. Sua copa é arredondada a irregular, arejada e rala. Suas folhas são opostas e bipinadas (folhas duplamente pinadas, ou seja, os folíolos são também compostos por 25 a 30 pares de pequenos folíolos ovais, de coloração verde-clara acinzentada).
No inverno, o jacarandá perde suas folhas, que dão lugar as flores na primavera. Suas flores são duráveis, perfumadas, grandes, de coloração azul ou arroxeada e são arranjadas em inflorescências. A floração se estende por toda a primavera e início do verão. Os frutos surgem no outono, são lenhosos e contém numerosas e pequenas sementes.
É uma árvore maravilhosa para a arborização urbana, caracterizada pela rusticidade, floração decorativa e crescimento rápido. Pode ser usada na decoração de rua, calçada, praça e parque, pois suas raízes não são agressivas. É amplamente utilizada em pátios e jardins residenciais, filtrando moderadamente a luz do sol, pois a sua floração depende da luminosidade, como acontece com quase todas as espécies, pelo que só a exposição plena ao sol permite o desfrute da profusão de flores em cacho que cobre por completo a árvore.
Deve ser cultivada em solo fértil, bem drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado no primeiro ano após o plantio. Adapta-se a uma ampla variedade de locais, mas aprecia o clima subtropical. Quando jovem, não tolera frio excessivo, mas torna-se mais resistente ao frio com o tempo. Não necessita podas ou qualquer tipo de manutenção. Não tolera secas prologadas, ventos fortes ou a salinidade no solo. É resistente à poluição urbana moderada e à maioria das enfermidades. Multiplica-se por sementes.

Abrir um buraco duas vezes maior que o tamanho do torrão. Descompactar o fundo e as laterais para que as raízes possam explorar o solo e se fixar melhor. Misturar num balde grande uma quantidade de composto orgânico com adubo animal de gado bem curtido, cerca de 1 a 2 kg/planta. Colocar também 100 gramas de farinha de ossos, para provir a planta de fósforo.
Misturar bem e colocar uma parte no fundo do buraco.
Cortar o vaso ou balde de cultivo da planta e retirar o torrão com cuidado. Acomodar a muda no buraco com o tutor junto, acrescentar a mistura nas laterais e regar bem. Fazer ao redor da muda um camalhão de terra, em forma de bacia. Regar todos os dias até uns 10 ou 15 dias após o plantio, se não houver chuvas.
Lembre-se que não é uma boa ideia plantá-los perto da área de estacionamento, já que as flores, que são bastante pegajoasas e causam uma bagunça, derramam muita semente. Além disso, as sementes podem formar cápsulas de sementes grandes e assim esta árvore vai exigir alguma limpeza e manutenção. É melhor escolher um lugar onde suas maravilhosas flores poderão ser apreciadas e onde as flores que caiam não sejam um problema. 
Sua madeira é de excelente qualidade e apresenta cor rosada muito apreciada. Ela é empregada, por exemplo, na indústria moveleira, pisos laminados e em aplicações no interior de automóveis de luxo.
A árvore de jacarandá, especialmente o jacarandá azul, é uma das árvores mais populares que as pessoas gostam de ver, porque as folhas e as flores roxas faz-lhes sentir como árvores saídas de um conto de fadas. 

segunda-feira, 18 de março de 2013

TULIPEIRAS, UM PRESENTES DO UNIVERSO

  07 ÁRVORES EXCEPCIONAIS – TULIPEIRAS, UM PRESENTES DO UNIVERSO


A tulipeira é uma árvore que floresce praticamente o ano todo, preferencialmente em regiões de clima quente e úmido. Suporta o solo mais seco, podendo ser regada apenas uma vez por semana durante o seu crescimento. Prefere solo arenoso ou bem drenado, que não acumule água em excesso. A árvore é muito ornamental e a floração bem exuberante. A floração é similiar as tulipas, daí ser conhecida como árvore tulipeira.

Conhecida pelos nomes populares de Árvore de Bisnaga, Tulipeira, Espatódea, Tulipeira-africana ou Chama-da-floresta, cujo nome científico é Spathodea campanulata, é uma planta da família das Bignoniaceae, originária da região EquatorialSubtropicalTropical, nativa da África, mas que muitas vezes é plantada em áreas urbanas. As flores podem ser um pouco irritantes, mas a árvore em si tem uma forma muito bonita.

A árvore tem o potencial de se tornar uma espécie invasora, com grandes florações alaranjadas. As sementes dessa espécie também são polinizadas por morcegos e seu ciclo de vida é perene. É uma árvore de copa densa e muito rústica, indicada para espaços que requerem árvores de rápido crescimento, como em parques e jardins públicos. Não devem ser plantadas em calçadas ou próximas a construções e tubulações, pois suas raízes são muito agressivas.

É uma árvore de crescimento rápido e efeito muito ornamental. Seu porte é médio, podendo atingir 24 metros. Na África, pode-se observar exemplares com até 30 metros de altura. O tronco apresenta um diâmetro de 30 a 50 cm, a madeira é clara e mole e a casca fina e suberosa. As folhas são grandes, opostas e são compostas por numerosos folíolos alongados e oval-lanceolados.

A primeira floração ocorre quando a árvore apresenta apenas 3 a 4 anos. As flores são vermelho-alaranjadas ou amarelas, de acordo com a variedade, com botões numerosos que abrem-se sucessivamente, garantindo uma longa floração. O período de floração varia com a localidade onde a planta se encontra. Os frutos se assemelham a vagens e contém numerosas sementes aladas, que se dispersam com o vento.

Sua beleza é evidenciada quando plantada isolada em extensos gramados bem cuidados. Apesar de as flores serem vistosas, tubulares de pétalas recortadas, na cor alaranjada com interior vermelhado, com cálice em ocre escuro atraírem abelhas e beija-flores, elas são consideradas venenosas para estes e outros animais, por possuírem elementos tóxicos. Devem ser cultivadas sob pleno sol, em solo fértil, bem drenado, e enriquecido com matéria orgânica.  

No plantio da muda, deve-se fazer um buraco maior que o torrão. Misturar adubo animal de curral, cerca de 1 kg com composto orgânico. Colocar também 200 gramas de adubo granulado NPK formulação 10-10-10 e 100 gramas de farinha de ossos. Misturar tudo muito bem. Colocar parte no fundo da cova, colocar o torrão e completar com a mistura. Colocar um tutor de sarrafo, amarrando com corda de algodão, em forma de oito de forma a não estrangular o caule. Regar bem.

Após algum tempo você notará que as gemas estão começando a se desenvolver, sinal que já houve a emissão de raízes. Transple então para recipientes com substrato semelhante ao que é o recomendado para plantio, regando bem e mantendo sob cultivo protegido.

A multiplicação com sementes também pode ser feita. Usar terra comum de canteiro em caixotes ou direto em sacos de cultivo. Materiais descartáveis, como caixas de leite longa vida são excelentes para sementeiras de árvores, corte dois cantos no fundo da caixa para a saída das águas de regas. São vistosas, tubulares de pétalas recortadas, na cor alaranjada com interior vermelhado, com cálice em ocre escuro levemente pubescentes

quinta-feira, 14 de março de 2013

Figueira de Bengala


Continuando a série sobre árvores excepcionais, falaremos sobre a FIGUEIRA-DE-BENGALA, uma espécie de figueira constante e típica de Bangladesh, Índia e Sri Lanka. Em sânscrito o seu nome é Vatavrkscha ou WataWrkscha. A figueira-de-bengala produz raízes aéreas delgadas que crescem até atingir o solo, começando então a engrossar até formarem troncos indistinguíveis do tronco principal. Deste modo, podem crescer até ocuparem vários hectares.
A adoração à natureza e o culto às árvores foi a primeira forma que surgiu de religião. Originalmente envolvia o sacrifício de seres humanos e de animais aos "espíritos das florestas" em troca de proteção contra a má sorte. Finalmente esse costume bárbaro foi abandonado e surgiram atos mais civilizados e menos repulsivos, como o bater na madeira para afastar olho-grande, que se mantém até hoje.
As árvores são reverenciadas na África, e acredita-se que sejam habitadas por deuses tribais e espíritos benevolentes que dão o sol e a chuva, fazem as sementes crescerem e abençoam as mulheres com a fertilidade. Os textos religiosos japoneses mencionam Kuku-No-Chi, um deus que habita os troncos das árvores, e Hamori, um deus que protege as folhas das árvores. Os japoneses também acreditam que cada árvore é protegida por sua própria deidade particular.
Botanicamente, o nome científico da figueira-de-bengala é Ficus Bengha-lensis. Populamente conhecida como figueira-de-bengala ou árvore-de-gralha, pertencente à família das Moráceas. É a árvore nacional da Índia. As gralhas se alimentam de seus frutos, daí um dos seus nomes populares.
Em um ponto da história, essa era a maior árvore do mundo em termos de área da copa; uma estrada de 330 metros de comprimento foi construída em torno de sua circunferência, mas a árvore continua a se espalhar para além dela. A circunferência de todo o complexo de árvores cultivadas a partir de um ancestral – ainda muito vivo e com tudo conectado a ele – é medida em quilômetros.
Tem uma sombra maravilhosa. Ela pode crescer tanto quanto um quarteirão inteiro. É uma árvore ímpar. Seu nome popular tem duas possíveis origens, uma pelo fato de ser original da região do Golfo de Bengala na Índia, e outra pelo seu aspecto, devido a suas raízes formarem verdadeiros “troncos secundários”, parecendo que a árvore está se apoiando em bengalas. Sua casca tem coloração esbranquiçada e as folhas são grandes, de verde intenso.






É considerada Sagrada. Na Índia, as pessoas adoram esta árvore, vagando entre suas poderosas raízes aéreas e juntamente à oliveira e à videira simbolizam a fartura e a imortalidade. Os antigos egípcios utilizavam à figueira em rituais de iniciação, pois ela representava a sabedoria religiosa. No budismo, a figueira passou a ser o eixo do mundo, pois para os budistas, ela simboliza aprendizado, imortalidade e iluminação.
O deus hindu Vishnu nasceu sob a sombra de uma figueira-da-índia, e acredita-se que aquele que duvidar e danificar ou cortar uma delas despertará a ira dos deuses e será punido com a morte.

terça-feira, 12 de março de 2013

ÁRVORE-DE-PÃO-DE-MACACO





Falando de baobás, a árvore-de-pão-de-macaco é uma das árvores símbolo de África. É lá onde floresce esta gigantesca árvore que cresce em formatos variáveis e possui casca peluda. Existem várias lendas sobre a origem do curioso aspecto do Baoba. Pode vir em muitas formas estranhas, como o formato de garrafa, ou pode alcançar o céu com a raiz nua, como galhos, criando a ilusão de ser plantada de “cabeça para baixo”.
Também conhecido como “árvore garrafa” ou “árvore farmácia” ou “pão de macaco” é uma espécie nativa das regiões semi-áridas da África Sub-Sahariana (Madagascar). Os Baobás armazenam muita água em seus troncos inchados: até 120.000 litros. Alguns troncos vazios eram tão grandes que foram rotineiramente usados como prisões na Austrália Ocidental. Em uma árvore só, poderiam entrar até 05 pessoas dentro.
A razão do por que desse nome “Pão de macaco” é complicado explicar. Os frutos da árvore são podem também chamados de “frutas de Judas” (a fruta tem 30 sementes dentro, como 30 “moedas de prata”).

Uma lenda muito famosa sobre a sua origem trata-se da punição dos deuses pela vaidade da árvore. Diz-se que há muitos anos atrás, o baoba era magnífico também pela sua beleza, com uma frondosa ramagem de folhas verdes e suculentas, além das suas coloridas e perfumadas flores. Os deuses, chocados com tamanha beleza, concederam o dom da longevidade. A partir daí, a árvore cresceu sem parar, tornando-se mais forte, alta e sublime, porém ocultando o calor do sol, dando sombra às restantes árvores, não as deixando crescer e causando muito frio às criaturas da floresta.
Segundo uma lenda árabe, “o Diabo desenterrou a árvore, enfiou os ramos na Terra e deixou as raízes no ar”. De fato a árvore encontra-se associada com o mal por toda a África, porque se acredita que espíritos malignos habitam os seus ramos.
Culpada por diversos problemas causados e vendo que não parava de crescer, a árvore desafiou os deuses dizendo-lhes que em breve chegaria até eles. A resposta foi imediata e estes a puniram pela sua arrogância, plantado-a de cabeça para baixo e deixando os seus bonitos ramos, flores e folhas debaixo da terra, ficando com o aspecto atual em que parece que as suas raízes olham para o céu, pedindo perdão aos deuses.
Pertencente à família das Bombacaceae, o Baoba pode medir mais de 30 metros de altura e 12 metros de diâmetro, dependendo da espécie. A sua longevidade é surpreendente, podendo viver mais de 3.000 anos.

As suas flores são amarelas ou brancas e abrem durante a noite. Os frutos, que desde os tempos antigos servem como alimento para a população devido às suas propriedades (vitamina C), são comestíveis. Com uma polpa com um sabor um pouco ácido é tradicionalmente utilizado em muitos países africanos para preparar uma bebida energética, rica em fibras, vitaminas, aminoácidos e sais minerais.
Mas apesar de todas as suas associações, negativas, o “Pão de macaco” não tem falta de atributos positivos, dos quais os povos africanos tiram o máximo de vantagens. Primeiro que tudo, o seu tronco maciço contém tecidos altamente absorventes e esponjosos. Se se cortar uma fatia do tronco, sai água, que pode beber-se mesmo no meio de uma seca.
O fruto do “Pão de macaco” serve para uma variedade de propósitos:
- A polpa pode ser comida.
– Tem um sabor de creme tártaro; algumas tribos usam-no para coagular leite, a fim de fazerem um alimento parecido com o queijo, ou como remédio contra a disenteria e a febre.
- Comercialmente é utilizado na produção do látex.
- As sementes do fruto podem ser comidas cruas, transformadas em papa com milho moído ou mesmo torradas para fazer uma bebida parecida com o café.
- O seu óleo também é comestível, sendo igualmente usado para fazer sabão.
- Depois de esvaziada da polpa, a casca dura do fruto serve de recipiente.
- Até a casca do “Pão de macaco” é útil, porque as suas longas fibras são boas para fazer corda ou tecido.

sexta-feira, 8 de março de 2013

07 ÁRVORES EXCEPCIONAIS – ABRICÓ-DE-MACACO OU BOLA-DE-CANHÃO


Trata-se de uma bela árvore, apropriadamente chamada de bola-de-canhão ou abricó-de-macaco, comum a certas regiões do norte da América do Sul e Caribe. Normalmente elas exigem uma placa de alerta embaixo, pois seus frutos podem cair quando maduros, e uma vez que têm mais de 10 centímetros de diâmetro, podem facilmente matar uma pessoa. Não se deve plantar uma dessas árvores perto de calçadas e ruas. Mas se você conseguir chegar perto de uma, você terá uma grande visão de suas flores incríveis.
É uma espécie de árvore nativa da Amazônia e também da Venezuela e Guiana, que tem frutos carnudos, grandes e redondos que pendem em cachos. Suas flores são magníficas, muito perfumadas que saem diretamente do tronco e possuem cores exuberantes. É bastante usada em paisagismo urbano e em fazendas.
De acordo com a classificação botânica, pertence ao Reino Plantae, Divisão Magnoliphyta (Angiospermae), Classe Magnoliopsida e Família Lecythidaceae. Apresenta o nome científico de Couropita guianenses e sinonímia botânica Lecythis bracteata e Pekea couropita. É conhecida com diversos nomes populares: abricó-de-macaco, castanha-de-macaco, cuia-de-macaco, amêndoa-dos-andes, cuiarana, curupita, árvore-de-bola-de-canhão, macacarecuia e bala de cañón (em espanhol). O abricó de macaco pertence à mesma família da castanha-do-Pará e também do jequetibá.

O abricó de macaco pode atingir 25 metros de altura, sendo que, em seu ambiente natural, pode chegar a 35 metros. É uma espécie de clima quente e úmido. As flores apresentam seis pétalas, de coloração alaranjada, vermelha e também esverdeada, possuem longos estames brancos, amarelos ou róseos formando magníficos “arranjos florais” grudados no tronco. As flores surgem do tronco e soltam longos “cipós” que podem chegar a 3 metros de comprimento.
A floração pode perdurar por todo o ano, mas é mais intensa na primavera e verão. Os frutos de casca marrom e lenhosa, com cerca de 3 quilos e 20 cm de diâmetro, o que lhe valeu o nome em inglês de “cannon ball tree” (árvore-bola-de-canhão). Sua polpa é gelatinosa, azulada e mal cheirosa, com 200 a 300 sementes. Os frutos demoram quase um ano para amadurecerem.
Como é uma árvore exótica, considera-se uma bela árvore ornamental, pois quando está em florescimento é um dos espetáculos mais bonitos e curiosos da natureza, com o tronco virtualmente enchendo de flores.
Apesar de serem perfumadas, as flores também são estranhas, aparecendo em grupos – cada um desses grupos pode chegar a medir cinco metros de comprimento. Suas folhas e flores são usadas medicinalmente – diz-se que elas possuem propriedades analgésicas e antibacterianas. A casca do seu tronco, supostamente, cura resfriados. O suco das folhas é usado para tratar malária e doenças de pele e mastigar folhas novas alivia dores de dente.
Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Aprecia o calor, a umidade e tolera o encharcamento. Nos primeiros anos é interessante proteger a muda do sol quente do meio-dia, da mesma forma como ela estaria sendo protegida pelas copas das árvores na floresta. As florações surgem a partir do quinto ano. Multiplica-se por sementes.
Florida ela é um assombro da natureza.  Suas flores são grandes, carnudas e perfumadas: rosadas, como se fossem enceradas…  Na Índia, elas são encontradas nos templos dedicados ao deus Shiva e no Sri Lanka em templos budistas. Para os hindus ela é sagrada porque suas flores lembram o chapéu usado por Naga, uma cobra sagrada de sua mitologia.

Para conhecer um exemplar desta arvore aqui no Brasil não é tão difícil para quem passa pelo Rio de Janeiro. Ela é facilmente encontrada no Aterro do Flamengo e arredores do Jardim Botânico. Se passar pelo Rio de Janeiro não perca essa oportunidade de passeio!

quarta-feira, 6 de março de 2013

07 Árvores excepcionais



 
No mundo inteiro, existem árvores extremamente fantásticas que parecem vir de outro planeta; exóticas, perfumadas, fecundas, ou simplesmente lindas. Que tal fazer uma pausa e se recostar sobre a sombra de alguns desses seres vivos excepcionais?
Hoje falaremos sobre uma delas em especial, conhecida como “Sangue de Dragão”. Provavelmente é a mais sobrenatural e misteriosa de todas as árvores exóticas, a sangue de dragão tem a aparência mais estranha já vista. Trata-se de uma árvore que parece parte de desenho de computação gráfica de algum filme de ficção ou de aventura.
Uma espécie que lembra um guarda-chuva foi descoberta em 1882. Sua coloração avermelhada é considerada como sendo o sangue de dragões de outras gerações. Essa árvore já foi bastante procurada para ajudar a fabricar medicamentos e tintura. A resina vermelha que a árvore produz é usada em batons, magia, ritual e alquimia. Em rituais de vodu, para atrair amor ou dinheiro ou pode simplesmente ser usada para refrescar o hálito ou como pasta de dente.
A Dracaena draco L., conhecida pelo nome comum de dragoeiro, é uma planta da classe Liliopsida, da família das Ruscaceae (Dracaenaceae) originária da região geográfica atlântica, nativa dos arquipélagos das Canárias, Madeira e Açores, comum na costa africana e em Cabo Verde. Apesar de comum e muito apreciado como planta ornamental em jardins daqueles arquipélagos, encontra-se vulnerável no estado selvagem devido à destruição do seu habitat. A sua abundância varia entre comum nas Canárias à rara nas Ilhas Madeira e na maioria das Ilhas Açorianas.
Suas folhas são de cores simples, verde acinzentadas, acastanhadas na base, em forma de espada aguda, dispostas em pequenas rosas. Possui inflorescência longa, mas suas flores são numerosas e odoríferas quando floram. O fruto é redondo e carnudo, inicialmente amarelo-esverdeado, tornando-se laranja brilhante quando maduro.
A seiva forma uma resina transluzente, de cor vermelho sangue quando oxidada, solúvel em etanol e em éteres. É constituída principalmente por éteres, mas contém uma grande diversidade de substâncias, entre as quais a dracenina. Pode atingir centenas de anos de idade, produzindo árvores de grandes dimensões.

É uma árvore que pode ultrapassar os 15m de altura, de tronco robusto de material fibroso facilmente putrescível, de contorno irregular com até 5m de diâmetro, com ramificações disformes. A resina do sangue-de-dragão atinge elevados preços, tendo sido a sua origem conservada no mistério por muito tempo. Era utilizado em fármacos e em tinturaria.
O exemplar maior e mais famoso encontra-se em Tenerife, em Icod de los Vinos, medindo 17 metros de altura e 20 metros de perímetro de sua base. Seu peso estimado é em torno de 150 toneladas, sem contar com as raízes. Sua idade vem sendo discutida. Especula-se em torno de 05 milênios, mas teste recente indicou ter entre 800 a 1000 anos de idade. Foi declarado no ano de 1927, "Monumento de Interesse Nacional".

Seu tronco cresce em linha reta por 10 anos antes da floração e, em seguida, produz seu primeiro anel de ramos. Sobre cada dez anos, cada eixo dá origem a outro anel de modo que a idade de uma árvore pode ser estimada pela contagem do número de pontos de ramificação para alcançarem o dossel.  A espécie tolera bem a seca sendo de fácil germinação e cultivo.
Quando cortada, suas cascas ou folhas secretam a resina, uma das fontes da substância conhecida como sangue de dragão, que serve para tingir madeira, tais como os violinos "stradivarius" e também para colorir vernizes. Suas folhas e cascas têm propriedades medicinais.
Dragão das Canárias, Sangue de Dragão, Dragão dos Jardins é como é conhecida a Dracaena draco, o misticismo ronda essa bela árvore. Diz uma antiga lenda, que os dragões ao morrer transformavam-se em dragons tree. Uma árvore “Sangue de Dragão” foi usada no cenário do filme de Marilyn Monroe "Some like it hot", filmado em 1958.





terça-feira, 5 de março de 2013

ROSAS



Muitos versos, poemas e músicas foram escritos sobre as rosas. Com certeza milhares deles.

Mas como se cultivam as rosas? Onde se cultivam as rosas? No mundo inteiro. Todos que já 
ganharam ou já deram um buquê de rosas sabem que ela está presente na vida de quase todos nós, desde os antigos roseirais das avós a modernos e caros projetos paisagísticos, sendo um dos negócios mais rentáveis do universo das plantas.

A rosa (Nome botânico: Rosa Spp) é uma das flores mais populares no mundo, cultivada desde a antiguidade. A primeira rosa cresceu nos jardins asiáticos (Origem: provável chinesa) há 5.000 anos. Na sua forma selvagem, a rosa é ainda mais antiga. Fósseis de rosas datam de mais de 35 milhões de anos.

Cientificamente, as rosas pertencem à família Rosaceae e ao gênero Rosa L., com mais de 100 espécies, e milhares de variedades, híbridos e cultivares. São arbustos ou trepadeiras, providos de acúleos. As folhas são simples, partidas em 05 ou 07 lóbulos de bordos denteados. As flores, na maior parte das vezes, são solitárias.

Atualmente, as rosas cultivadas estão disponíveis em uma variedade imensa de formas, tanto no aspecto vegetativo como no aspecto floral. As flores sofreram diversas modificações de cruzamentos ao longo dos séculos para que adquirissem características mais conhecidas: muitas pétalas, forte aroma e cores mais variadas (fala-se em algo em torno de 2.000).

As alturas variam conforme o tipo da roseira, podendo ser até 0,60m (mini roseiras), até 1,20m (híbridas) podendo chegar até mais de 3,0m (trepadeira). As mini-roseiras produzem flores pequenas, as chamadas híbridas de chá tem flores grandes. Roseiras podem produzir uma rosa por ramo, grupos de 03 a 05 e em maior número, chamados de cachos. A maioria das rosas é perfumada. O florescimento acontece do final do inverno até o outono.

As rosas demandam atenção de quem quer mantê-las em casa, seja no jardim ou mesmo em corte num vaso. Veja abaixo algumas recomendações de especialistas para cuidar de sua
planta:

A roseira deve ser cultivada ao sol para que produza muitas flores. Solos argilosos e férteis parecem ser a sua preferência, embora necessite de solo com boa drenagem. Para plantar, abra uma cova e prepare o solo, deixando repousar algumas semanas antes do plantio. Coloque no fundo areia de construção para garantir que haja a drenagem. Faça uma mistura de húmus de minhoca com adubo animal, cerca de 2 kg/cova. Nesta mistura adicionar 200 gramas de farinha de ossos, misturar bem e aguardar o plantio.


O espaçamento para as mini-roseiras é de 0,30m entre plantas numa mesma linha, para roseiras híbridas de chá entre 0,50 e 0,60m e para trepadeiras, silvestres e híbridas é de 1,0m entre as plantas. Após plantar a muda não deixar de colocar o sarrafo para evitar que a muda tombe com ventos fortes. A roseira necessita rega constante, mas o solo não deve ficar empapado – é preciso ter uma boa drenagem. Apenas a terra deve ser molhada, evitando-se cobrir a parte aérea com água.

 A Poda

Existem dois tipos principais de poda que devem ser realizados em uma roseira: de formação e limpeza, também chamada de manutenção. Ambas devem ser feitas com uma tesoura de poda bem afiada e limpa, para não esmagar o tecido vascular da planta, o que pode promover a entrada de fungos indesejados. O corte é sempre feito na diagonal.

A poda de formação tem como objetivo dar à planta uma forma equilibrada e produtiva, com boas condições de arejamento. Geralmente é executada no início do cultivo, com a roseira em formação, e repetida anualmente, de preferência durante o inverno. Na poda de limpeza, a finalidade é eliminar ramos improdutivos ou mortos. Deve ser realizada sempre que houver folhas ou flores murchas.

Iluminação e temperatura

A planta deve receber sol direto, evitando sombra, cantos escuros e ambientes internos. A temperatura ideal para o bom desenvolvimento da rosa é amena, sem calor ou frio extremo.

Pragas e doenças

Fungos como míldio, pinta preta, oídio, Botrytis e ferrugem são os principais causadores de doenças em roseiras. Seu aparecimento é favorecido pelo excesso de umidade. Para combatê-los, podem ser usados fungicidas específicos com pulverizações regulares.

Entre as pragas mais comuns estão ácaros, pulgões, tripes, larva minadora e cochonilha. O controle é feito por inseticidas específicos, registrados para a cultura da rosa. A rotação desses inseticidas também é importante, para evitar a resistência cruzada. Uma alternativa menos tóxica é a calda de fumo, feita em casa e borrifada na planta.

Rosas de corte

Em vasos com água, as rosas duram de uma semana a dez dias, dependendo da condição em que elas estão. Lugares abafados e quentes não são recomendados. Temperatura amena, luz indireta e o corte diário em diagonal da ponta da haste em contato da água ajudam a manter a planta. A água deve ser trocada a cada dois dias, no máximo. Uma colher (chá) de açúcar adicionado à água do vaso também favorece a duração da planta.

Hoje em dia existe uma grande variedade de formas e cores desta flor tão cheia de simbolismo.

As rosas são flores que celebram o amor, a compaixão e o carinho. Elas são flores lindas e enfeitam qualquer varanda com delicadeza e sofisticação. Trate as roseiras com muito carinho e dedicação, pois elas são plantas que precisam de atenção como se fossem delicadas damas, que melhor representam o amor.