Continuando a
série sobre árvores excepcionais, falaremos sobre a FIGUEIRA-DE-BENGALA, uma
espécie de figueira constante e típica de Bangladesh, Índia e Sri Lanka. Em sânscrito o seu nome é Vatavrkscha ou WataWrkscha. A
figueira-de-bengala produz raízes aéreas delgadas que crescem até atingir o
solo, começando então a engrossar até formarem troncos indistinguíveis do
tronco principal. Deste modo, podem crescer até ocuparem vários hectares.
A adoração à natureza e o culto às árvores foi a primeira forma
que surgiu de religião. Originalmente envolvia o sacrifício de seres humanos e
de animais aos "espíritos das florestas" em troca de proteção contra a
má sorte. Finalmente esse costume bárbaro foi abandonado e surgiram atos mais
civilizados e menos repulsivos, como o bater na madeira para afastar
olho-grande, que se mantém até hoje.
As árvores são reverenciadas na África, e acredita-se que sejam
habitadas por deuses tribais e espíritos benevolentes que dão o sol e a chuva,
fazem as sementes crescerem e abençoam as mulheres com a fertilidade. Os textos
religiosos japoneses mencionam Kuku-No-Chi, um deus que habita os troncos das
árvores, e Hamori, um deus que protege as folhas das árvores. Os japoneses
também acreditam que cada árvore é protegida por sua própria deidade
particular.
Botanicamente, o nome científico da figueira-de-bengala é
Ficus Bengha-lensis. Populamente
conhecida como figueira-de-bengala ou árvore-de-gralha,
pertencente à família das Moráceas. É a árvore nacional da Índia. As gralhas se
alimentam de seus frutos, daí um dos seus nomes populares.
Em um ponto da história, essa era a maior árvore do mundo em termos de
área da copa; uma estrada de 330 metros de comprimento foi construída em torno
de sua circunferência, mas a árvore continua a se espalhar para além dela. A
circunferência de todo o complexo de árvores cultivadas a partir de um
ancestral – ainda muito vivo e com tudo conectado a ele – é medida em
quilômetros.
Tem uma sombra maravilhosa. Ela pode crescer tanto
quanto um quarteirão inteiro. É uma árvore ímpar. Seu
nome popular tem duas possíveis origens, uma pelo fato de ser original da
região do Golfo de Bengala na Índia, e outra pelo seu aspecto, devido a
suas raízes formarem verdadeiros “troncos secundários”, parecendo que a árvore
está se apoiando em bengalas. Sua casca tem coloração esbranquiçada e as
folhas são grandes, de verde intenso.
É considerada
Sagrada. Na Índia, as
pessoas adoram esta árvore, vagando entre suas poderosas raízes aéreas e
juntamente à oliveira e à videira simbolizam a fartura e a imortalidade. Os
antigos egípcios utilizavam à figueira em rituais de iniciação, pois ela
representava a sabedoria religiosa. No budismo, a figueira passou a ser o eixo
do mundo, pois para os budistas, ela simboliza aprendizado, imortalidade e
iluminação.
O deus hindu Vishnu nasceu sob a sombra de uma figueira-da-índia,
e acredita-se que aquele que duvidar e danificar ou cortar uma delas despertará
a ira dos deuses e será punido com a morte.
Boa tarde, não me sabe indicar onde posso encontrar um espécime desta arvore em Portugal? Cumprimentos
ResponderExcluirParabéns, muito boa a explicação
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