Nada
chama tanto a nossa atenção quando chegamos em um local que possui um tapete de grama bem conservado e cuidado. O segredo de um tapete de
grama verdejante está na frequência da rega, pois a falta ou o excesso de água
é prejudicial. Em períodos de seca, pode-se molhá-la diariamente nos horários
de menor incidência solar, ou seja, no início da manhã ou no final da tarde.
É
extremamente importante escolher a espécie de gramínea adequada, levando em
consideração a finalidade do espaço, o pisoteio, a luminosidade, o clima, o
solo e a topografia. A poda é outro grande segredo para conseguir a aparência
de tapete verde. O primeiro corte deverá ser feito 30 dias depois do plantio.
Posteriormente, basta aparar a cada 15 dias. No Verão o procedimento pode
acontecer semanalmente, dependendo do crescimento. Não se deve podar mais que
30% da altura da folha.
Antes de começar a plantar
a grama, todos os resíduos do local a ser gramado, como por exemplo, entulhos,
pedras, madeiras, pragas e ervas daninhas, devem ser removidos. Na adubação de
pré-plantio para gramas, não é recomendada a utilização do nitrogênio, porque o
efeito do nitrogênio dura pouco tempo no solo, e nesta fase a grama não terá
condições ideias para absorvê-lo, porque ela ainda não está totalmente
enraizada.
Na instalação dos
primeiros rolos ou placas de grama, os profissionais deverão alinha-los de modo
que estejam bem uniformes. Os formato de placas e tapetes, proporcionam
facilidade na hora de plantar a grama.
Após plantar a grama,
pulverize um pouco de terra em cima das folhas e rejunte as fissuras entre os
tapetes com essa mesma terra. Utilize terra de boa qualidade e adubada. A
cobertura com terra ajuda na retenção de umidade, acelera o processo de
brotação e fixação da grama. A irrigação deve ser realizada simultaneamente com
o plantio, ou seja, plante a grama durante o dia e irrigue sempre no final da
tarde, dessa forma o gramado permanecerá úmido por mais tempo.
Após ter finalizado a etapa de posicionamento das
placas, é hora de fechar os espaços entre os tapetes utilizando todas as placas
quebradas de grama que foram separadas para o acabamento. Nessa altura o gramado
estará pronto e o plantio compacto, uniforme, pronto para ser finalizado.
Para finalizar o serviço é preciso fazer uma
cobertura com terra sobre toda a grama plantada. A cobertura consiste em
fazer uma pequena e uniforme camada de terra entre as folhas da grama. Para
encerrar o serviço realize uma boa irrigação sobre toda a grama plantada.
Mesmo com tanta atenção, a grama não está livre da
ameaça de pragas e doenças. As mais comuns são as ervas daninhas, sobretudo,
tiririca (Cyperus tuberosus) e barba-de-bode (Aristida Pallens). Outros seres nocivos são lagartas,
formigas, besouros, fungos e bactérias. Por isso, é essencial ficar atento a
qualquer modificação, como o surgimento de manchas arredondadas e folhas
raspadas ou secas.
VARIEDADES
BATATAIS Nativa do Brasil, a grama-batatais (Paspalum notatum) possui inflorescência típica em forma de V ou forquilha que se eleva acima da planta. É resistente a pisadas, a seca e a solos pobres. Não aprecia sombra, mas pode crescer bem à meia-sombra.
BATATAIS Nativa do Brasil, a grama-batatais (Paspalum notatum) possui inflorescência típica em forma de V ou forquilha que se eleva acima da planta. É resistente a pisadas, a seca e a solos pobres. Não aprecia sombra, mas pode crescer bem à meia-sombra.
BERMUDAS
As folhas estreitas e de coloração verde-intenso da
grama-bermudas (Cynodon dactylon) são macias e
tolerantes ao pisoteio. Tem crescimento rápido, boa regeneração, suporta seca e
altas temperaturas e deve ser mantida a pleno sol.
ESMERALDA
Originária do Japão, apresenta folhas estreitas e pequenas,
que formam um tapete verde perfeito. A grama-esmeralda (Zoysia japonica) é apropriada para pleno sol e
apresenta boa tolerância ao pisoteio. Deve ser cultivada em terra fértil. É a
mais versátil, adaptando-se a praticamente todas as condições (inclusive,
recintos esportivos), possui manutenção simples e não tolera sombreamento.
SÃO-CARLOS
Nativa de região úmida, a grama-são-carlos (Axonopus compressus) é tolerante a baixas temperaturas,
sendo recomendada para formação de gramado a pleno sol ou à meia-sombra.
Necessita de irrigação periódica e solo fértil e bem preparado.
SANTO-AGOSTINHO
A grama-de-santo-agostinho (Stenotaphrum secundatum)
também ocorre na forma variegada, com folhagem verde-amarelada. Seu crescimento
é moderado, não sendo indicada para pisoteio e local sombreado, mas resiste à
salinidade do litoral.