A acerola (Malpighia emarginata ou Malpighia
glabra), conhecida popularmente como cereja-das-antilhas ou
cereja-de-barbados, tem origem nas Antilhas, América
Central e norte da América do Sul. Existem diversas espécies de acerolas, porém
as mais plantadas no Brasil são: cabocla, cereja, apodi, frutacor, olivier,
roxinha e rubra. É uma fruta típica de regiões tropicais e subtropicais, pois
necessita muito dos raios solares no seu processo de vida.
CLASSIFICAÇÃO
CIENTÍFICA: reino: Plantae, divisão: Magnoliophyta, classe:
Magnoliopsida, ordem: Malpighiales, família: Malpighiaceae, gênero: Malpighia,
espécie: M. glabra.
Por ser uma planta muito rústica e
resistente, ela se espalha facilmente por várias áreas tropicais, subtropicais e até semiáridas. Os solos mais indicados para a acerola são os de
textura argilo-arenoso, profundos e bem drenados.
A acerola, quando madura, tem uma
variação de cor que vai do alaranjado ao vinho, passando pelo vermelho. O fruto nasce na aceroleira, cujo arbusto alcança até 3 metros de altura, seu tronco se ramifica desde a base e cuja copa é
bastante densa com pequenas folhas verde-escuras. Suas flores,
de cor rósea-esbranquiçada, são dispostas em cachos e têm floração durante todo
o ano. Após três ou quatro semanas, se dá sua frutificação.
As covas de plantio devem ter as dimensões de 0,40
x 0,40 x 0,40 m. A adubação na cova deve conter 20 litros de esterco de curral
e 300 g de superfosfato simples. O plantio deve ser feito preferencialmente na
época chuvosa, que na região sudeste da Bahia, corresponde ao período de maio a
agosto. A adubação é feita de acordo com as análises químicas do solo.
No Brasil, o
cultivo de acerolas teve um forte crescimento nos últimos 20 anos, sendo hoje
uma importante cultura da Região Nordeste, também é cultivada em escala comercial em Porto Rico,
Havaí e Jamaica.
Possui efeito antioxidante, estimulante em
caso de doenças infecciosas e remineralizante. No tratamento e na
prevenção de doenças infecciosas como a gripe, a angina, a fadiga, entre
outros. Os índios da Amazônia a utilizam contra a diarréia e ditúrbios
hepáticos. Um homem pode colher até 50 kg de frutos/dia.
O fruto tem sua
superfície lisa ou dividida em três gomos. Possui três sementes no seu interior, com tamanho variando de três a
seis cm de diâmetro. O sabor é levemente ácido e o perfume é semelhante ao da maçã.
Possui vitaminas A, B1 (tiamina), B2 (riboflavina), B3
(niacina), cálcio, fósforo, ferro e, principalmente, vitamina C, que, em
algumas variedades, chega a estar presente em até 5 gramas por 100 gramas de
polpa. Este valor chega a ser 80 vezes superior ao da laranja e ao do limão.
Pode
ser encontrada em comprimidos para ingerir, mastigar ou em solução bebível. É uma fruta
atrativa pelo seu sabor agradável, consumida tanto in natura como
industrializada, sob a forma de sucos, sorvetes, geleias, xaropes, licores,
doces em caldas entre outras.
A colheita é feita manualmente. Os frutos, quando
maduros, estragam rapidamente e devem ser consumidos até três dias após a
colheita. A alta perecibilidade e acidez dos frutos, no
entanto, restringem seu consumo fresco.
Novas variedades buscam conquistar o
paladar dos consumidores e ampliar o consumo in natura da fruta, enquanto
pesquisas desenvolvem o pó da acerola verde como fonte natural de vitamina C.
As variedades de acerola são classificadas em doce
ou ácida. Nesta classificação, os frutos que produzem mais que 1.000 mg de
ácido ascórbico (vitamina C) por 100 g de suco é que são considerados
satisfatórios.
Pesquisas analisam o aproveitamento do pó de acerola
verde como fonte natural de vitamina C. Como o teor da vitamina decresce com o
amadurecimento do fruto, pesquisadores testam a secagem (desidratação) e
encapsulamento do pó do fruto verde, utilizando-o para enriquecimento de
alimentos ou complemento vitamínico.
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